quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Entre as margens do abismo fica ainda algum pensamento;
Por que hoje já perdi um sentido de qualquer coisa,
encontro pessoas, vejo olhares singelos que esperam algo dos dias.
Entretanto, não entendo mais isso e não busco saber.
Por que o que me acontece sempre acaba por desmentir, por enganar sempre a inocencia que ainda resta.


Não sei
Ontem sentei no sofá e dormi. Acordei de um sonho já sonhado. No susto das coisas que aparecem, na dúvida do motivo que não sei, hoje eu quero dizer de todas as coisas que não enxergo, a menos nítida é você...

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O dia amanhecia escuro,
uma manhã de trovoadas anunciava a tempestade.
Olhava para as botas encharcadas
enquanto andava pelas ruas alagadas.
E apenas algumas pessoas passavam,
atentas, preocupadas. 
Com o céu cinza e o guarda-chuva
eu andava sem pressa. 
Meu relógio havia parado
na nostalgia do momento.
Prédios antigos e lajotas molhadas 
lembranças daquelas terras Lusitanas. 
O corpo parecia voltar no tempo,
mas sabia que aquele era só um momento. 
Em que meu pensamento se transportava com o vento para longe. 
Atravessava os oceanos. 
Tempo triste da saudade. 








terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nado para a pele que não habito
Olho as paredes do quarto
como um olho de peixe,
distorcendo o quadrado.
Em baixo d'água a luz que move
balança imagem da memória.
E então encontro nenhuma razão,
nenhum sentido para aquilo que não existe.
Sim, pois é tudo imaginação,
os monstros que rondam essa mente
a fazem entrar em erupção sem nenhum vulcão.
É somente o temporal que vai passar.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Barco que contra a maré,
na onda afoga...
Não mais quer essa 'nascente'
de voltas em voltas, 
redemoinhos...
Aprende.
A nota que toca é só uma nota
De compasso impossível.



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

(In)sanidade

Antes, agora ou depois
manhã, tarde ou noite
catalítico pensamento em cada momento.
Me faz obcecada diante dos cabelos ternos
E se vejo, encontro um suspiro aqui dentro.
Idiota solitário caminhando a favor desse intuito ingênuo.
Controvérsia da minha série ilimitada de sentimentos.
Um dia querer só estar e outro no mudo e velho sonhar
Silêncio covarde
Sem saber comunicar
que na verdade tenho é vontade de gritar, transpirar!
O suor que de mim sai, clama por um só nome e agoniza, pinga, derrama!
Constrói n'uma lagoa de ilusão um castelo sem nenhum chão!
Antes, agora ou depois, manhã, tarde ou noite
esquecer o momento
catalítica lembrança
da memória
viciado mundo desilusão.








terça-feira, 16 de setembro de 2014

Ecoa melodia nostálgica
da nota na beira do caos
Varia de dó para mim
deixando o corte fluir
pelas cordas na madeira delirante
Que possui pelas vibrações do toque dessas mãos
E ecoa ecoa longe para o vento
E traz de volta o conto de uma nova canção
Ou fica mais no vício do contagiante som
Ohhh ápice do tom!



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Primavera


E já um pouco antes se enxergava a projeção de uma imagem e suas cores no ritmo do corpo, da música, do pedalar. O movimento se encontrava e desencontrava de forma a hipnotizar as pupilas do olho, tudo era belo com o céu nublado n'um domingo sereno.
Andava pela imensidão no mundo intenso pelos pensamentos, pela imagem do horizonte, das árvores e pássaros. - Não tenha pressa... o tempo vai passar devagar. Vem enxergar o brilho das constelações na noite escura e vermelha...Me mostra esse lado obscuro olhos de coruja na madrugada calada. Te vejo mas não te enxergo. Me diz! o que te faz perder o controle, me entrega um pouco desse mundo sem essa capa protetora. Esse sangue que corre ainda tem muito para beber, acelera os batimentos e deixa tudo pra lá, que aqui há um lugar onde se pode sonhar e admirar o quanto for tempo finito para o necessário. E tudo fica e vai, tudo um dia será lembrado, tudo um dia é tudo, tudo um dia é nada, do que foi, do que será!





sexta-feira, 9 de maio de 2014

Outrora

Instabilidade
Intensidade
De um segundo no instante em que te vejo
Momento confuso e rotineiro.