quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Deixo assim calado como o gosto do azedo,
p'ra quem quer limpar seu consciente do que foi interpretado,
sem pensar que as facetas das pupilas estão rodopiando para vários lados.
Deixo assim calado como o vazio,
nas noites de ventos uivados.
O engano é próprio e livre.
Deixo assim, como quem não sabe de quem sabe,
como quem não vê o que enxerga.
Mas veja bem,
no labirinto se vai e volta,
mas tanto vai que não mais encontra o caminho de volta.







terça-feira, 6 de outubro de 2015

https://www.youtube.com/watch?v=jtaLW8Po1zk


Olho pela janela e lembro,
das pontas de cabelo que ficavam nas roupas,
do som de trânsito quando já era seis em ponto.
O sol que ainda nem amanhecia,
mas já mostrava suas cores na parede branca.
E no ritmo do trem fitava a luz amarela...
Madrugadas a dentro, conversas de boteco.
Noites de lua cheia ou minguante,
tanto fazia o que fosse aquele instante.




Impossível saber quando dois não cabem,
viajantes em pontos mutantes.
O que será que será, já dizia chico,
O que será que atormenta no fundo, lá dentro.
Mas por onde será que esses passos vão andar,
longe do cheiro, do lençol das flores?
O que será que depois irá buscar?
Onde estará?
Um pouco longe, um tanto distante.






domingo, 4 de outubro de 2015

Com os olhos complexos nas nuvens de algodão,
encontrei um conto na ponta das mãos;
Entre as bocas secas os sons vibravam nos segundos, 
navegando por bacantes. 
Perplexos imaginários, 
contraste versátil.