O dia amanhecia escuro,
uma manhã de trovoadas anunciava a tempestade.
Olhava para as botas encharcadas
enquanto andava pelas ruas alagadas.
E apenas algumas pessoas passavam,
atentas, preocupadas.
Com o céu cinza e o guarda-chuva
eu andava sem pressa.
Meu relógio havia parado
na nostalgia do momento.
Prédios antigos e lajotas molhadas
lembranças daquelas terras Lusitanas.
O corpo parecia voltar no tempo,
mas sabia que aquele era só um momento.
Em que meu pensamento se transportava com o vento para longe.
Atravessava os oceanos.
Tempo triste da saudade.