terça-feira, 15 de setembro de 2015

Se pudesse saia do mundo, desse momento,
se pudesse viajaria pelo tempo.
Estaria a anos luz, galácticas distantes,
mundos longe desse instante.
Viveria nas estradas da matéria escura,
andaria infinitos quilômetros daqui.
Se pudesse estaria correndo através de milênios,
E da forma mais peculiar de existir,
seria células fragmentadas,
faria ligações com o vácuo...
Só para não sentir o que hoje sinto,
para poder 'ver' tudo de fora,
de fora do corpo,
e não sentir.
Compreenderia que a imaginação também é forma de viver,
Acreditaria que tudo é possível
Deixaria tudo para trás, todas as vidas, todo o passado.
Se pudesse deixava a mala desse corpo,
seria uma energia pelo espaço,
só para ver uma supernova dançando.




Da lama ao caos vejo aqui delírio,
faces de uma desilusão mental. 
Carcere da energia que não contenta 
em ser, em ter.
As dúvidas que encontram essas curvas
não exitam em sentir o fervor dos cristais castanhos,
profundos,
e ao buscar as serenatas do pássaro
aprende a voar -
mas triste, pousa em crateras escuras.
como poderá entender os pretextos do vento, como poderá
onde o contexto traz de dentro um novo moinho..