sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pêndulo

Sei lá se já não sou o que o passado formou
E o agora confronta o depois
Nessa linha assimétrica do tempo
Hei de acalmar
E organizar a realidade
Que traz consigo os passos arrastados
Os olhos enxugados
E os pensamentos presos às lembranças
Agindo como parasitas nas flores que brotam
Esperando que o vento e a chuva mudem a estação
Assistindo os pingos lentos escorrerem pela janela
Pra sentir bem o cheiro das violetas na primavera

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