domingo, 6 de dezembro de 2015

Que vontade de atirar-me n'um mar ou cachoeira e depois dormir na areia ou pedra a ouvir o barulho da cachoeira ou mar e de lá não sair mais.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Aprendiz do vento

Por algum motivo as interligações são passageiras, se um dia se mostraram presentes foi para aprender daquele momento algo, algo que fica para sempre. Talvez não o próprio sentimento, mas a memória daquele aprendizado, a lembrança daquele sentir. pois como o ar, ele se dissipa e se funde com outras poeiras, e vai viajando com o vento. O vento vai levando todas as pedras onde pisamos, ele mostra muito o caminho da chuva, ele fica seco com o sol, úmido com o ar denso. Mas ele sempre se dissipa e se funde com outros elementos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nóias da madrugada

Por vezes me pergunto, de onde vem e pra onde vão todos os infinitos pensamentos, queria por vezes tirar minha voz de dentro da cabeça e colocar ela pra descansar. Por vezes me pergunto, será que a voz que escuto aqui dentro é realmente minha? E pra onde é que vai quando durmo? Mas não entendo então a comunicação, será que se soubesse outro tipo de linguagem seria assim? Se temos realmente um sistema nervoso que controlamos , porque é que não conseguimos controlar os pensamentos muitas vezes?

Rabiscos de ônibus

Viajantes da imaginação, 
seres esses que vivem e sonham 
e sonham viver as cores da imensidão. 
Horizontes distantes não parecem tão sombrios
quanto as dores dessa  ilusão. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Deixo assim calado como o gosto do azedo,
p'ra quem quer limpar seu consciente do que foi interpretado,
sem pensar que as facetas das pupilas estão rodopiando para vários lados.
Deixo assim calado como o vazio,
nas noites de ventos uivados.
O engano é próprio e livre.
Deixo assim, como quem não sabe de quem sabe,
como quem não vê o que enxerga.
Mas veja bem,
no labirinto se vai e volta,
mas tanto vai que não mais encontra o caminho de volta.







terça-feira, 6 de outubro de 2015

https://www.youtube.com/watch?v=jtaLW8Po1zk


Olho pela janela e lembro,
das pontas de cabelo que ficavam nas roupas,
do som de trânsito quando já era seis em ponto.
O sol que ainda nem amanhecia,
mas já mostrava suas cores na parede branca.
E no ritmo do trem fitava a luz amarela...
Madrugadas a dentro, conversas de boteco.
Noites de lua cheia ou minguante,
tanto fazia o que fosse aquele instante.




Impossível saber quando dois não cabem,
viajantes em pontos mutantes.
O que será que será, já dizia chico,
O que será que atormenta no fundo, lá dentro.
Mas por onde será que esses passos vão andar,
longe do cheiro, do lençol das flores?
O que será que depois irá buscar?
Onde estará?
Um pouco longe, um tanto distante.






domingo, 4 de outubro de 2015

Com os olhos complexos nas nuvens de algodão,
encontrei um conto na ponta das mãos;
Entre as bocas secas os sons vibravam nos segundos, 
navegando por bacantes. 
Perplexos imaginários, 
contraste versátil. 









domingo, 20 de setembro de 2015

Samsara

Incompreendo as fases do moinho terreno
Já era hora de adentrar nas lamas do interior cinzento
Pois de nada adianta não haver sofrimento
Quando de obscuros sonhos somos também feitos.
Creio que nesse momento o nada é o tudo
Fica englobado em ilusões do sentimento
Onde será que vamos parar?
O samsara é louco,
Mas é uma caixa de surpresas
tem não razões infinitas,
desconhecidas.
Mas o que ele é,
quando na bolha estamos?



terça-feira, 15 de setembro de 2015

Se pudesse saia do mundo, desse momento,
se pudesse viajaria pelo tempo.
Estaria a anos luz, galácticas distantes,
mundos longe desse instante.
Viveria nas estradas da matéria escura,
andaria infinitos quilômetros daqui.
Se pudesse estaria correndo através de milênios,
E da forma mais peculiar de existir,
seria células fragmentadas,
faria ligações com o vácuo...
Só para não sentir o que hoje sinto,
para poder 'ver' tudo de fora,
de fora do corpo,
e não sentir.
Compreenderia que a imaginação também é forma de viver,
Acreditaria que tudo é possível
Deixaria tudo para trás, todas as vidas, todo o passado.
Se pudesse deixava a mala desse corpo,
seria uma energia pelo espaço,
só para ver uma supernova dançando.




Da lama ao caos vejo aqui delírio,
faces de uma desilusão mental. 
Carcere da energia que não contenta 
em ser, em ter.
As dúvidas que encontram essas curvas
não exitam em sentir o fervor dos cristais castanhos,
profundos,
e ao buscar as serenatas do pássaro
aprende a voar -
mas triste, pousa em crateras escuras.
como poderá entender os pretextos do vento, como poderá
onde o contexto traz de dentro um novo moinho..







terça-feira, 1 de setembro de 2015

As dúvidas que encontram essas curvas não exitam em sentir o fervor dos cristais castanhos.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Se um dia encontro, se um dia eu corro
Num andar impermanente
Entre aqui e lá, sempre enxergo olhos de cigana
Videntes da minha solidão.
É de mar, onda que leva e traz
Enquanto tens essa magia da dor
Mas faz buscar serenatas de amor
Te trago e te busco
Te afasto
Mas um dia que fiques, se quiseres ficar
Por indeterminado momento
Por estações a passar
Por canções de fadiga, de pele, de suar
Um dia saiba, que a poeira há de levar para o espaço,
que o espaço há de levar a poeira
Da impermanência que um dia libertará